De ponta cabeça
Era o Sol um
feixe penetra
No escuro da
garganta
Que doía a
cada engolida.
A saliva
intranquila estreitava o céu da boca.
O calor
rangia na febre dos dentes.
Desatinada,
a voz não saia.
Talvez, por
dias.
Esqueci
minha fala
O corpo
sufocado,
Quis tremer.
Olhos
escancarados
Nada podia.
Lábios
selados
Nada se movia
Sonhava ser
acordado.