(Ágatha Zeller)
As duas camas
Sempre estiveram lá
No escuro e no claro
No inverno e na primavera
Lado a lado
Sereníssima!
Ainda me lembro
De quando você era tão pequena
E medrosa
Escondia-se na minha cama
Cuidava de ti
Ainda me lembro
De quando eu já era tão grande
E melancólica
Chorava no seu peito
Cuidavas de mim
Sereníssima!
Sereníssima!
Sereníssima minha!
A fala minha a escuta sua
O desabafo seu o calar meu
Olhos seus
Caracóis meus
Sardas suas!
Ainda sinto os grãos de areia
Saindo de seus sapatos
Procuro avidamente as sardas
Eternamente as sardas!
Nossa vida divida
Tua dor compartida
Minhas angustia repartida
Irmãs!
Irmãs!
...
Irmãs!
Amor saudoso curado com um sorriso
O abraço mais sincero e o grito mais estúpido
Irmãs!
Eternamente
Meu morango no abismo...
4 comentários:
E eu que vivo em potes de tintas e rabiscos não consigo arranjar palavras para expressar o que eu sinto por você. Felizmente os dicionários me ajudam a definir meus sentimentos com uma simples designação; irmã.
E eu que vivo em potes de tintas e rabiscos não consigo arranjar palavras para expressar o que eu sinto por você. Felizmente os dicionários me ajudam a definir meus sentimentos com uma simples designação; irmã.
achei maravilhoso e lembrei muito da minha irmã, esse companheirismo, as camas lado a lado...parabens Aline!
Ah! Essa me pegou.
Sou filha única, mas me encheu os olhos.
Amor fraterno. Pra mim é o mais sincero. Nem sempre é sentido entre irmãos, mas é um exemplo!
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