(Chema Madoz)
No meio de tantas horas, tanta pressa...
Ao redor de toda essa gente em alta freqüência
Resta-me tanta exigência
Sobra tanta (Im)paciência...
A agenda, o compromisso, o horário
O sorriso por conveniência
A mansidão em aparência
À remunerada paciência.
Ausência em multidão
O improviso das expressões.
Pressa sem prece
Preces dispersas...
Ó ira d’alma,
Raiva em opulência
Inquietação em evidência.
Todos querem a subsistência da alma
Se bastar em solidão
No desencontrar das palmas.
Constato apenas impaciência.
(Im)Paciência!
Convoco clemência
Uma pausa, um gesto, um afago
Uma porção a mais de prudência.
Ah doce olhar sobre as singelezas
Imensa pureza!
Aí minha preferência!
Qualquer toque, palpite que evoque
Que vibre e transforme em
Uma leve existência.
Alguém que note e retoque
Essa antiquada tendência.
E me salve desta imensa violência.
Submergindo uma nova vivência!
Tenho (Im)Paciência...
Insisto com persistência
Num pouco mais de paciência.
Quero a calma em fluência.
Talvez sapiência.
Quiçá isso tudo seja mera inocência.
Quiçá um delírio
Quiçá uma reminiscência
Restam-me as reticências
...
2 comentários:
Concorrendo no limite, segue a tolerância! Vaga e lenta, sem uma cadência forte no passo. Parece vento que sopra forte no peito, provoca disritmia, carrega afasia...
Partindo sem despedida, leva seu medo e acomoda o desejo
sigo dizendo, amiga, compartilho e fico com as mesmas reticências ...
Belo texto Aline.
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