Surge com o gesto
Que umedece os lábios
Aquece a boca
Brota um beijo.
Entrelaçam-se os dedos
Tocam-se as palmas
Mãos que deslizam
Mãos que se alisam
Pele que percorre
O enlace do abraço
O toque que promove
O arrepio.
O frisson
Que se estendem por toda a superfície
Nuca e ombros
Sorriso.
A tez mármore
Veias verdes
As pintas que desenham o corpo.
Os pés que brincam
Escondem-se
Caminham pelas trilhas
Das pernas.
A essencialidade das saboneteiras
O gosto do pescoço
As curvas da orelha.
Corpos que se acham
Reconhecem-se
Exploram...
O doce segredo
O verso estendido
Nos corpos aliados.
Alados ,prolongados.
3 comentários:
Unem-se,
fragilizados pelo momento, tremem
protegendo o segredo que escondem debaixo do sentimento que aflora com o desejo. A simetria simples dos corposunos, a complexidade do movimento que exala o perfume do amor crescente pelo ar...
"A essencialidade das saboneteiras" Me lembrou Vinicius de Moraes. Gostei.
Nunca o sexo foi tão fluido pra mim.
Achei esse leve!
Costumava ver muita sutileza em representar o profundo. Este está leve em todos os aspectos. Parece uma dança... Ele traz O movimento com ele. Leve como o toque mesmo.
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