Era contínua
a superfície do corpo
Vastidão de
infinitos poros
Como um
tecido fechado
Uma seda
dura.
A garantia
modelada, impreterível.
O escudo da
certeza.
Diante da
fragilidade orgânica
Eis que rompeu
Como uma
estria d’alma
A pele
rasgou
do dentro
pro fora.
A rede ferida,
sangrou.
Mudou de cor
Para
púrpura-hematoma
Ardeu, como uma queimadura
Desfiava
Desfazia.
Morria...
Mas por
tempo ou por carne
Regeneraria.
Com pontos
largos
Pela agulha da vida
A tez se
costurava.
Cicatrizava
comedida.
Curaria?
Enrijeceu
marcada, à espera das novas fissuras.
Cicatrizada...
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