sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Diário à mim mesma



Hoje o retorno à minha casa foi difícil,mais denso,de maneira distinta,de forma modificada trouxe a distância.Como aqueles que carregam os símbolos,eu cheguei cheia de espera.
Era um retorno de mim mesma, aquela que não mais existia para aquela que contemplava(rá)meus olhos no espelho do bar.
Senti que havia me perdido entre as árvores e estrelas, e jamais retornaria.
A curva parecia mais circunflexa.
Quis abandonar os sentidos,mas não consegui,estava toda repleta de sensações minhas,que ninguém mais conseguia decifrar(para me ser mais fácil a compreensão,desejava um leitor meu).Era uma aglomerado de efeitos (diversos entre si,ao mesmo tempo que análogos)oriundos de um corpo que resistia às vontades da passividade.
O inverno acabará e eu não compreendia isto, ao mesmo tempo em que não o queria.
Era tempo de calor, de frescor, de frutas, mas não entendia...
Queria o toque.
A proximidade, o afeto.
Senti todo aquele amor que transcendia minha pele.
O cheiro que aproximava os corpos.
Ainda sinto que a razão perpetua em doses homeopáticas em toda a superfície.
Queria libertar-me,dessas obediências ao retorno do que já findará,mesmo que internamente.
Queria um modo de sanar todo o ressentimento, e alcançar o todo almejado perdão.
Desejava uma purificação.
Um estar além, algo que parecia compreender a existência, mas não conseguia atingir.
Um todo meu.
Estou indiferente à minha presença, consciente à solidão, porém, me sentido acompanhada.

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