segunda-feira, 18 de março de 2013

Quanto às cascas






A casca veste a fruta
Gerada pela minuta
Do atrito,tira lasca
Interpela quem cobiça
Contorna a polpa
Com pele de semente
No minuto transpassa
Remoendo feridas
Descasca
Diz qual a sua casca
No escuro revela
O doce do claro
Marasca.

quinta-feira, 7 de março de 2013

MULHER, A Multiface da multidão




Entre curvas sinuosas
Fulguras indefinidas
Vasto ventre
Vulgo seios.
Olhos garridos
Por detrás do sorriso
A voz que arde no grito.
O corpo não dado.
A luta herdada.
Gozo que causa
Causa que goza.
Para fora da mundana
e da senhora
Além da mãe e da puta
Mutilando a dada feminilidade.
Maldita, fodida.
 Eglodem frutos diversos
Todos femininos.
Na face que é múltipla.
A Mulher que é multidão.

Disfarce de cetim



O meu toque é de manso
De estremecido ,abraçado.
Com dedos desajeitados
Em sutil rubor,o rosto.
Medroso dizer no corpo.
No olho o torto
Olhar de lado.
Enviesado ouvido
Fingidor do não querer.
Naquele passo que tropeça.
Por uma ocasional hiperntesão*
De relance o disfarçado
Que aglomera o sensato.
  

sábado, 2 de março de 2013

DAqueles que se masturbam mentalmente

Dedicado à Fábio Henrique Bugatti

Entre o áspero dedo
Da fala ambigua
O gesto deapercebido
Do modo zeloso
Escondido
O imenso buraco
Por detrás da superfice sólida.
O chão acidentando
Seria a alegria que cause a epifania
Ou,
Ou o insifht causa o riso.