Dedicado à Lucas Costa
Pelas horas já passadas
Percorro de volta
No meio de palavras
Jogadas pelo viaduto
De tão leve, livre.
Voavam com vontade.
Eu palpitava pelas frestas dos dedos
Acendia meu cigarro.
Esperava cada passo
Falando de cogumelos azuis.
Com prismas distorcidos
De sons gritados.
Tudo parava para a
incoerência das sensações
De aflito era eufórico,
cada encontro.
Ansiava cada toque.
Pôr-do-sol
Horário de verão
Uma hora a menos.
Quem sabe se já faz
tempo...