quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ecoando passos



Será que dá jeito depois?

Quem vai querer?

Ouvir tocar a valsa que não fiz?

O mesmo lamentar de outrem

A severa nota a riscar

Como quem não quis

Era velha valsa sim

Retumbava por aí

Pótrm,nunca inagurará em mim.

Eu quis.

Mas quem mais quisera assim?

Ele não a tocara...

Cantei em solo.

Foi assim.

Assim que foi.

Ecoando entre motriz

Vós sabe que sim.

Mesmo que quiserás não

Quimerás?

Quisera a mim?

Entere milhares

Eu era a mil.

Era vil.

Deveria cessar

Mais nada entoar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Medo de escrever



"Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto, e o mundo o não está á tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio, Nesse vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritorque tenho medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras - quais? Talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo."

Clarice Lispector.