terça-feira, 31 de maio de 2011

RESPOSTA À ETERNA LIRA ( Em homenagem a Aline Zeller)

Não se entristeça
Eterna lira
Não perca o tom
Do seu destino certo

Não termine seu encanto
Eterna lira
Mesmo no início
De um novo inverno
O futuro escondido
Eterna lira
Será sua felicidade
O motivo de surgir

Lamentar tempos passados
Eterna lira
É o que trará maus devaneios
Apagando seu florir

Espero que se renove
Eterna lira
Seu poder de brilhar
De constante ressurgir

Que nos tempos vindouros
Eterna lira
As rugas sejam marcas
Memoriais de eterna felicidade

E então perceba
Eterna lira
Que para vivermos
Precisamos deixar que o tempo passe...


Luciana Ferrari Gouvêa



Obrigada minha Madrinha querida
Fiquei verdadeiramente emocionada.
Te adoro Lu

domingo, 29 de maio de 2011

A lira dos vinte anos


(Chema Madoz)


A lira que canta

A eterna sina

Do destino de todos os dias


A lira que encanta

No encerramento

Das primaveras já florescidas


A lira que revela

As mudanças contínuas

Das almas desfalecidas


A lira que anuncia

O desfazer

Do tempo que deixou de ser


A lira que explicita

A vida que já foi vivida

E nunca mais vivida poderá ser


A lira dolorosa

Pela constante partida

Dos desertores da existência


A lira cálida

Enamorada

Das paixões recém-nascidas


A lira viva

Que envaidece as rugas

Do rosto jovem


A lira saudosa

Repleta de nostalgia

Inscrita em todas as lembranças


Completar-me-ia está lira

Se não fosse por toda ausência

Desses vinte anos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ensaio sobre o Amor II








Dedicado à Larissa Vicentini








Ressalvas :
Posso tentar ensaiar
Mas o amor é inflexível para os ensaios
É tão cheio de suas particularidades
Tem seus mecanismos próprios e obtusos
Não cabe nos versos nem mesmo nas sentenças
Parecendo que falta vocabulário capaz de expressar a linguagem dos afetos.






“O amor é acordar para a realidade do sonho
É vencer através do silêncio.É ser feliz até com um pouco quando,muito não é bastante
Amar é sonhar o sonho de quem sonha com você.É sentir saudades.É chegar perto da distância.”






Ensaio sobre o amor




Tantas são as vias
Tantas são as formas
Desse tal Amor

Conjugo por muitos o verbo amar
No rosto de minha mãe
Na fala de meu pai
No abraço de minha irmã
No sorriso de meu irmão
Nas mãos amigas
Nos olhos cúmplices
Em um único beijo

Conjugo por muitos o verbo amar
De tanto que existo pra adorar
Empatia a disseminar
Amo no meu ciúme calado
Adoro na minha saudade abafada
No sono compartilhado
Na mania aturdida de afetuar




Afeição pelo outro
Pelo que conheço
e pelo que espero compreender
Idolatro os bem-feitos
E amenizo os defeitos;

Ternamente...
Carinhosamente...
Conjugo por muitos o verbo amar.









Ensaio sobre o Amor I

Dedicado à Larissa Vicentini