quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Os prolongamentos do corpo


Surge com o gesto

Que umedece os lábios

Aquece a boca

Brota um beijo.

Entrelaçam-se os dedos

Tocam-se as palmas

Mãos que deslizam

Mãos que se alisam

Pele que percorre

O enlace do abraço

O toque que promove

O arrepio.

O frisson

Que se estendem por toda a superfície

Nuca e ombros

Sorriso.

A tez mármore

Veias verdes

As pintas que desenham o corpo.

Os pés que brincam

Escondem-se

Caminham pelas trilhas

Das pernas.

A essencialidade das saboneteiras

O gosto do pescoço

As curvas da orelha.

Corpos que se acham

Reconhecem-se

Exploram...

O doce segredo

O verso estendido

Nos corpos aliados.

Alados ,prolongados.

3 comentários:

Melina disse...

Unem-se,
fragilizados pelo momento, tremem
protegendo o segredo que escondem debaixo do sentimento que aflora com o desejo. A simetria simples dos corposunos, a complexidade do movimento que exala o perfume do amor crescente pelo ar...

Vargas disse...

"A essencialidade das saboneteiras" Me lembrou Vinicius de Moraes. Gostei.

Larissa Vicentini disse...

Nunca o sexo foi tão fluido pra mim.

Achei esse leve!
Costumava ver muita sutileza em representar o profundo. Este está leve em todos os aspectos. Parece uma dança... Ele traz O movimento com ele. Leve como o toque mesmo.