sexta-feira, 27 de abril de 2012

Doce de nuvem



Ao olhar as nuvens pela janela do quadro ambulante, pensei que estivessem penduradas por fios de nylon, amarradas num prego preso no azul do céu.
Será possível tocar a textura das nuvens?Ou em uma trama de gotas, elas fugiriam com velocidade de vapor?
Parecem-me tão fluidas livres em seu planar. Viajam peregrinas pela umidade do ar.
Brisa sempre branca.
Talvez tenham gosto de algodão doce, que de tão açucarado fica preso nos cantos de dentro da boca.
Ora alvas, ora cinzas.
Talvez sejam geladas, frescas como o orvalho do gramado.
Às vezes um pouco mais salgadas, como as nuvens que sobrevoam o Mar...
Entre nuvens carregadas já saturadas e nuvens que apenas nublam, vem o ato distraído, lúdico., de tentar achar figuras escondidas.
As nuvens também choram e ganham corpo através das lágrimas
Transformam-se do claro para o escuro.
NuanceS de palidez, alvo inalcançável.  
Alguns dizem que são apenas água disfarçada...
Não sei se todos os dias são dia de nuvem.
Ou sei. Não sei...







Um comentário:

Melina disse...

Ou talvez não sejam, posto que voce já as quer sendo,é melhor que as nuvens nunca saibam o que vc pensou. Nuvens que são sem saber, são o que quisermos que elas sejam.

brisei.